E não poder fugir, não poder fugir nunca, a este destino
de dinamitar rochas dentro do peito...
terça-feira, março 07, 2006
Traze-me palavras
Traze-me palavras e sua cor intensa de paixão. Sua chama a percorrer-nos alto a baixo. Essas palavras têm na ponta da língua um sabor a flores úmidas. Desabrocham a cada manhã.
Vem de longe a tua voz. De tão longe que duvido de mim mesma ao ouvi-la. Será que te ouço ou será a mim mesma que escuto? Serão minhas as palavras que murmuras, serei ainda eu? Ou serão apenas ecos do amor que fui, que foste um dia?
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