quarta-feira, dezembro 24, 2008

segunda-feira, dezembro 22, 2008


Carla Salgueiro

Terá mesmo existido o sítio onde estivemos?
Aquela hora certa aquele lugar?
À força de o pensar penso que não
...

ruy belo

sexta-feira, dezembro 19, 2008


Yenda


e eu adormecida para sempre
no teu peito

e eu acorrentada para sempre
no teu peito



Alice Vieira

quinta-feira, dezembro 18, 2008


Ralf Herrmann

guarda-me
adormecida para sempre no teu peito

ou deixa-me voar uma vez mais sobre
esta terra de ninguém onde morro
por qualquer coisa que me fale de ti

Alice Vieira

quarta-feira, dezembro 17, 2008

segunda-feira, dezembro 15, 2008




...entra como quem morre no centro do fogo

...entra como quem arde no centro do fogo

...entra devagar no centro do fogo

e

lavra-me

Alice Vieira

sábado, dezembro 13, 2008


Sistermoon

fica comigo peço mas tu não me ouves
e eu sei que vou voltar a esperar por ti na vida que me resta
e em todas as vidas e em todas as mortes
até ao dia em que definitivamente
despeças o teu corpo do meu
e eu repita fica comigo e tu
desapareças

Alice Vieira

quinta-feira, dezembro 11, 2008


Vernon Trent

Corpo de mil bocas,
e todas fulvas de alegria,
todas para sorver,
todas para morder até que um grito
irrompa das entranhas,
e suba às torres,
e suplique um punhal.
Corpo para entregar às lágrimas.
Corpo para morrer.

Corpo para beber até ao fim -
meu oceano breve
e branco,
minha secreta embarcação,
meu vento favorável,
minha vária,
sempre incerta
navegação.

Eugénio de Andrade

terça-feira, dezembro 09, 2008


Barbara Taurua

...Cuando llegaste estaba escrito
entre tus ojos el final.
Hoy he olvidado ya tus ojos
y tengo ganas de llorar.

Antonio Gala, Poemas de Amor

quinta-feira, dezembro 04, 2008


MARIAH

Falo contigo: e
tu ouves-me, não me ouvindo, como eu te ouço
sem saber se é o que eu quero ouvir que vem
das tuas frases, ou se dizes o contrário do que
sentes para que eu sinta a verdade do que nenhum
de nós sente

… Como se o amor
acabasse no meio do que não começou; ou
a distância pudesse apagar o que não tem fim.

Nuno Júdice, A Cartografia de Emoções

terça-feira, dezembro 02, 2008



...que fizemos ao tempo de morrer
com uma mão na nossa mão?



gil t. sousa