terça-feira, fevereiro 27, 2007


Eugeny Kozhevnikov

No te nombro; pero estás en mí como la música en la garganta del ruiseñor aunque no esté cantando.

Dulce Maria Loynaz

quinta-feira, fevereiro 22, 2007


Nana Sousa Dias

diz-me
como sou capaz de morrer tantas vezes
e ainda não morrer como devia?

Silvia Chueire

domingo, fevereiro 18, 2007


Maria Bogdanova


...são dias longos de silêncio,

desejar é o avesso da falta.

o que desejas, corpo meu,

se ele não está?


silvia chueire

sexta-feira, fevereiro 16, 2007




Scott Murdoch


Quantas vezes te digo
quantas vezes...
que és para mim
o meu homem amado?

Maria Tereza Horta

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

era tarde para te dizer


sophie thouvenin

ficou o silêncio erguido como uma estátua exótica
a separar o nosso campo de visão das inúmeras
invenções que baptizámos de paixão
...
era tarde para te dizer que sim
ou que não
ou que talvez um dia

Fernando Dinis

quarta-feira, fevereiro 14, 2007


Nana Sousa Dias

Não mais o beijo,
apenas a sombra
dos teus lábios em mim.
...
Não mais teu sorriso,
só o suor
que vaga moribundo em minha pele.
...
Não mais a nudez:
apenas o eco
do teu corpo em cópula.


Agostina Akemi Sasaoka

domingo, fevereiro 11, 2007


Katarzyna Zdrowak

...e o teu rosto era tudo o que tinha. e o teu nome era
tudo o que tinha. tu eras tudo. tudo. e tudo é agora
mais do que tudo.

José Luís Peixoto

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

o teu corpo é a minha casa


Torsten Brandt

..ter-te em mim, meu amor,

ter-me em ti,
é saber o exato lugar
ao qual pertenço,
onde estou inteira,
toda eu.

silvia chueire

quarta-feira, fevereiro 07, 2007


Samantha Wolov

... sou de lugar nenhum, ninguém me tem -
Chama-me, se quiseres. talvez a porta se abra
se disseres o meu nome devagar. Di-lo
mais uma vez dentro da minha boca, a trocar
o corpo com o meu...


Maria do Rosário Pedreira

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

mais uma vez


Iaia Gagliani

Fujo.
Mais do que por medo, por instinto de sobrevivência.
Porque sei que me matarás de novo, impune e sem olhar para trás. E eu vou deixar que me mates, apenas porque não resisto a morrer de amor. Mais uma vez.

Por isso não paro de fugir.



quinta-feira, fevereiro 01, 2007


edyta pilichochovka

…tantos silêncios ampliados pelo megafone do orgulho (ou será do omnipresente medo da perda?). Quando bastava dizermo-nos, com ambas as vozes no exacto registo, nem muito alto nem muito baixo, que nos amamos …

Um amor atrevido