segunda-feira, março 07, 2005


Crepuscular

2 comentários:

Anónimo disse...

Crepuscular solidão

Vento di mar
Trazê-me um cretcheu
Ness detardinha
Di céu nublado
Um tchuva d’amor
Podê fazê flori
Um coração
Quemode di paixão
Na patamar
Dum vida singela
Mim comtemplá
Dona felicidade
Nem um olhar
M’encontrá
Num multidão
Tão solitária

Já tem gente
Gente até demas
Qui’tita sofrê
Na solidão
Já tem gente
Qu’ta quase ta morrê
Na luz cadente
Dum crepúsculo.

Na voz de Cesária Évora
(http://www.caboverde.com/evora/cd01-10.htm)

paxaxita disse...

Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê

Camões