E não poder fugir, não poder fugir nunca, a este destino
de dinamitar rochas dentro do peito...
sexta-feira, março 18, 2005
Abandono
1 comentário:
Anónimo
disse...
A porta ecoou o adeus. O homem se encolheu. As mãos ainda lambuzadas de suor. Entre os lábios secos o nome maldito, o gosto do seio. A dificuldade de abotoar o corpo. Deitou-se sobre o membro bambo esperando o sol nascer.
Vem de longe a tua voz. De tão longe que duvido de mim mesma ao ouvi-la. Será que te ouço ou será a mim mesma que escuto? Serão minhas as palavras que murmuras, serei ainda eu? Ou serão apenas ecos do amor que fui, que foste um dia?
1 comentário:
A porta ecoou
o adeus.
O homem se encolheu.
As mãos
ainda lambuzadas de suor.
Entre os lábios secos
o nome maldito,
o gosto do seio.
A dificuldade
de abotoar o corpo.
Deitou-se
sobre o membro bambo
esperando o sol nascer.
(Agostina Akemi Sasaoka)
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