quinta-feira, janeiro 18, 2007

Tu



Tu és o nó de sangue que me sufoca.
Dormes na minha insónia como o aroma entre os tendões
da madeira fria.
És uma faca cravada na minha
vida secreta. E como estrelas
duplas
consanguíneas,
luzimos de um para o outro
nas trevas.

Herberto Hélder


1 comentário:

Anónimo disse...

Mas tu sempre estiveste comigo. A memória
Obscurece-se-me porque te vi chegar
E partir. O tempo serve-se de palavras como o amor.

Paul Eluard