E não poder fugir, não poder fugir nunca, a este destino
de dinamitar rochas dentro do peito...
terça-feira, outubro 04, 2005
Pelas ruas da cidade, vai o meu amor. Pouco importa, aonde vá no tempo dividido. Já não é o meu amor: qualquer um lhe pode falar. Já nem sequer se lembra, quem foi que o amou, E o ilumina de longe para que não caia! René Char
Vem de longe a tua voz. De tão longe que duvido de mim mesma ao ouvi-la. Será que te ouço ou será a mim mesma que escuto? Serão minhas as palavras que murmuras, serei ainda eu? Ou serão apenas ecos do amor que fui, que foste um dia?
1 comentário:
A asa do teu suspiro põe penugem nas folhas. O trago
Do meu amor fecha o teu fruto, bebe-o.
Existo na graça do teu rosto que as minhas trevas cobrem
de alegria.
Como é belo o teu grito que o teu silêncio me dá!
René Char
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