sexta-feira, outubro 28, 2005














(...)
Morro do meu corpo e do teu corpo,
de nossa morte, amor, morro, morremos
no poço do amor a todas as horas,
inconsolável, aos gritos,
dentro de mim, quero dizer, te chamo,
te chamam os que nascem, os que vêm
de trás, de ti, os que a ti chegam.
Nos morremos, amor, e nada fazemos
senão morrermos mais, hora após hora,
e escrevermos e falarmos e morrermos.

Jaime Sabines


Sem comentários: