sábado, junho 04, 2005



Ter coragem de olhar
pela última vez
e mentir calmamente:
quem sabe...Talvez
como se a última vez
ficasse pra outra vez

Aldir Blanc -

2 comentários:

Anónimo disse...

POEMA

Alguma coisa onde tu parada
fosses depois das lágrimas uma ilha
e eu chegasse para dizer-te adeus
de repente na curva duma estrada

alguma coisa onde a tua mão
escrevesse cartas para chover
eu partisse a fumar
e o fumo fosse para se ler

alguma coisa onde tu ao norte
beijasses nos olhos os navios
e eu rasgasse o teu retrato
para vê-lo passar na direcção dos rios

alguma coisa onde tu corresses
numa rua com portas para o mar
e eu morresse
para ouvir-te sonhar


António José Forte


(Egon)

O'Sanji disse...

... tua palavra mente ao meu ouvido,
mas não mente essa voz que me treslouca!


Gilka Machado