terça-feira, dezembro 18, 2007
terça-feira, dezembro 11, 2007
quarta-feira, dezembro 05, 2007
terça-feira, novembro 20, 2007
quarta-feira, novembro 14, 2007
karol liver
Olá. (Tenho saudades.) Hoje lembrei-me de ti, não (tenho feito outra coisa ) imagino porquê. Que tal almoçarmos (agora ) um dia destes? Apetece-me (corromper-te com beijos) conversar contigo. Lanchar, se te der mais jeito e (desvirginar o teu silêncio com a minha língua )ouvir-te falar. Preciso de saber (que ainda me queres) o que tens andado a ler. Já nem sei o que te costumava dizer, mas (ainda soletro de cor as palavras com que me vestiste) que não seja por isso: o exercício (do amor) da amizade é como andar de bicicleta. Sei que tens muito trabalho (quero lá saber) e que mal te lembras de mim (atreve-te a esquecer-me). Mas, para um (amor) amigo, arranjamos sempre um bocadinho. Uma (vida) hora, é só o que te peço. Naquele hotel da baixa, o que tem (o quarto) a esplanada de frente para o rio, lembras-te? Em não podendo ser, (morro) deixa estar. Talvez para a próxima (reencarnação).
Roubado aqui
sábado, novembro 10, 2007
breve encontro
terça-feira, novembro 06, 2007
Canção contra o destino
segunda-feira, novembro 05, 2007
Sem depois
Marta Bauza
Todas as vidas gastei
para morrer contigo.
E agora
esfumou-se o tempo
e perdi o teu passo
para além da curva do rio.
Rasguei as cartas.
Em vão: o papel restou intacto.
Só os meus dedos murcharam, decepados.
Queimei as fotos.
Em vão: as imagens restaram incólumes
e só os meus olhos
se desfizeram, redondas cinzas.
Com que roupa
vestirei minha alma
agora que já não há domingos?
Quero morrer, não consigo.
Depois de te viver
não há poente
nem o enfim de um fim.
Todas as mortes gastei
para viver contigo.
Mia Couto
terça-feira, outubro 30, 2007
segunda-feira, outubro 22, 2007
sexta-feira, outubro 19, 2007
Dime
Joanna Nowakowska
Dime, aunque tengas que mentirme un poco, que no estamos perdidos,
que aún hay grietas por las que puede entrar algún consuelo,
que esto no es otro de esos callejones sin salida y sin luz donde espantarnos,
donde perder la fe y ganar el llanto.
Convénceme, prométeme la vida.
Amália Bautista
terça-feira, outubro 16, 2007
segunda-feira, outubro 15, 2007
terça-feira, outubro 09, 2007
Ron Ricardo
No fundo, tenho medo. Medo de te voltar a ver. Medo de que as minhas mãos voltem a ser mãos outra vez e disparem dos pulsos para te despentear o cabelo ...
Medo de dar com os teus olhos e de neles mergulhar de cabeça, de engolir pirulitos, nadar-te e por ti ficar, num boiar infinito. No fundo, tenho medo de que a mera possibilidade da tua presença me diminua a graça dos dias. Por isso me quedo.
um amor atrevido
quinta-feira, outubro 04, 2007
diz-me
terça-feira, outubro 02, 2007
segunda-feira, outubro 01, 2007
domingo, setembro 30, 2007
quinta-feira, setembro 27, 2007
quarta-feira, setembro 26, 2007
scarletohara
Freqüentemente me esqueço
e quero o teu corpo
para amá-lo, abrigar-me nele,
por ele me deixar amar
atravessada de prazer...
o desejo atendido,
a atender-te...
Silvia Chueire
segunda-feira, setembro 24, 2007
caligrafia
quarta-feira, setembro 19, 2007
sábado, setembro 15, 2007
Post scriptum
Domenique Heidy
Afasto de ti com
raiva surda
o corpo
as mãos
o pensamento...
E digo este meu vício
dos teus olhos
de um verde tão lento
muito lento
Se penso que te deixo
já te quero
Se penso que recuso
já te anseio
Se penso que te odeio
já te espero
e torno a oferecer-te
o que receio
Se penso que me calo
já te grito
Se penso que me escondo
já me ofereço
Se penso que não sinto
é porque minto
Se penso que me olhas
já estremeço
Maria Teresa Horta
sexta-feira, setembro 07, 2007
lilya corneli
quanto tempo ainda se passará
neste jogo de espelhos...
quanto tempo
até que não haja mais tempo?
silvia chueire
(poema completo aqui)
quinta-feira, setembro 06, 2007
Jens Schade
Si dices una palabra más,
me moriré de tu voz,
que ya me está hincando el pecho,
que puede traspasarme el pecho
como una aguda, larga, exquisita espada.
Si dices una palabra más
con esa voz tuya, de acero, de filo y de muerte;
con esa voz que es como una cosa tangible
que yo podría acariciar, estrujar, morder;
si dices una palabra más
con esa voz que me pones de punta en el pecho,
yo caería atravesada, muerta
por una espada invisible,
dueña del camino más recto a mi corazón.
Dulce Maria Loynaz
terça-feira, setembro 04, 2007
murmuras
Barbara Cole
murmuras uma canção aos meus ouvidos
e os meus pensamentos estremecem(...)
murmuras a canção
e sei:
é inescapável a viagem.
as águas turbulentas cristalinamente
tentadoras,
a me chamarem:
vem.
silvia chueire
segunda-feira, setembro 03, 2007
Cristian Mereuta
Aguardo-te, embora nem sempre te espere. (..)
Aguardo que te rebentes como um dique e que inundes tudo à tua passagem, ensopando terras e arrastando telhados, na torrente inevitável que será desaguares-te em mim. Serei então o declive, a descida a pique num ângulo impossível, o resvalo mais perigoso e a zona estupidamente baixa para onde encaminharás as tuas águas passadas. (...)
Aguardo-te no ar que vou farejando como um perdigueiro, no ouvido de batedor experiente que tem dias colo ao chão e neste pau de vedor que seguro entre mãos e que teima em apontar para ti. Sabes que te aguardo (embora nem sempre te espere) e que um dia virás e cairás, por fim, exausto, nos meus braços de lama e que nos amaremos por entre os destroços da enxurrada, até que alguém nos resgate.
Um amor atrevido
domingo, setembro 02, 2007
sexta-feira, agosto 31, 2007
Acontece na vida de toda a gente. De repente, a porta que se fechou entreabre-se, a grade que se acabou de descer volta a erguer-se, o não definitivo já não é senão um talvez, o mundo transfigura-se, um sangue novo corre-nos nas veias. É a esperança. Pena suspensa. O veredicto de um juiz, de um médico, de um cônsul fica adiado. Uma voz anuncia-nos que nem tudo está perdido. Trémulos, com lágrimas de gratidão nos olhos, passamos para o aposento seguinte, onde nos pedem para esperarmos, antes de nos lançarem no abismo.
Nina Berberova, Terra de Ninguém
terça-feira, agosto 28, 2007
segunda-feira, agosto 20, 2007
Ainda que mal
Piotr ROSINSKI
Ainda que mal pergunte,
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano:
amor.
Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, agosto 17, 2007
luto tenaz
quarta-feira, agosto 08, 2007
se eu soubesse
Eugeny Kozhevnikov
soubesse eu dos dias verdes
em que a música é tão distante
e o mar rebelado.
soubesse eu do que me esperava,
enquanto escrevia palavras,
com a boca a servir de paleta e pincel
nos desenhos perdidos
em ti;
soubesse eu do vendaval que havia de vir,
depois daquelas horas nas quais corremos livres
pela relva na felicidade sem palavras com palavras
de um amor desmedido;
soubesse eu de todas as coisas
que ainda hoje desconheço,
e não fosse um rio a desaguar no oceano
e não tivesse olhos glaucos e crédulos
num corpo que navegava livremente;
soubesse eu que certas coisas tu não sabias
e do vasto porto mar a avistar-se de santa luzia;
teria dado os exatos mesmos passos,
entregues ao vermelho da paixão.
silvia chueire
terça-feira, agosto 07, 2007
segunda-feira, agosto 06, 2007
quinta-feira, agosto 02, 2007
terça-feira, julho 31, 2007
compasso de espera
domingo, julho 29, 2007
motim
quarta-feira, julho 25, 2007
saberás
She
Saberás que penso em ti
porque escrevo um poema
mais forte que o poeta,
um poema que traz o teu nome
escrito a medo
em segredo
com a intensidade de uma quilha
abrindo as asas do sonho.
Saberás que me traí traindo
a promessa de te fingir morto
e que te quis querendo
a lua outra vez a lua e o corpo.
Ana Rita Calmeiro
sexta-feira, julho 20, 2007
Barbara Cole
Quem dera, fosse tão fácil, despir-me de ti como deste vestido, quando a areia da praia me namorisca os pés...
Um amor atrevido
terça-feira, julho 17, 2007
quarta-feira, julho 11, 2007
segunda-feira, julho 09, 2007
Carla Salgueiro
querer
é querer ser um nome.
é querer ter um nome.
é querer gritar um nome.
Joana, aqui
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