E não poder fugir, não poder fugir nunca, a este destino
de dinamitar rochas dentro do peito...
quarta-feira, setembro 28, 2005
A exaltação da pele
Hoje quero com a violência da dádiva interdita. Sem lírios e sem lagos e sem o gesto vago desprendido da mão que um sonho agita. Existe a seiva. Existe o instinto. E existo eu suspensa de mundos cintilantes pelas veias metade fêmea metade mar como as sereias.
Vem de longe a tua voz. De tão longe que duvido de mim mesma ao ouvi-la. Será que te ouço ou será a mim mesma que escuto? Serão minhas as palavras que murmuras, serei ainda eu? Ou serão apenas ecos do amor que fui, que foste um dia?
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