quinta-feira, abril 21, 2005



Ser talvez
uma folha. Sê-lo-ia se tu fosses
a árvore. Sou
talvez um ramo
no teu tronco. Um ramo
nu, despido,
húmido.
Sou
uma espada
na tua bainha.



Alberto Martins, Três Poemas de Amor

(ed. Quasi, 2004)

2 comentários:

O'Sanji disse...

Este é o anjo do apocalipse
com a sua espada
fulva

funda

Embainhada na nossa
vagina

Ei-lo que rompe
o espaço
com a espada

com o esperma

Anjo da justiça
com o seu pénis

Caminham com estandartes
Com espadas e paixão
Numa erecção calada

São os anjos do ódio
com a sua raiva
alada

Vestem o corpo
com o brilho das armaduras
e do vidro

e só depois voam...

Os arcanjos do sonho
com as suas asas
nocturnas de veludo

São os arcanjos
do sonho

Usando comigo
a sua espada
de aço


Maria Teresa Horta

O'Sanji disse...
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