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Ser talvez
uma folha. Sê-lo-ia se tu fosses
a árvore. Sou
talvez um ramo
no teu tronco. Um ramo
nu, despido,
húmido.
Sou
uma espada
na tua bainha.
Alberto Martins, Três Poemas de Amor
(ed. Quasi, 2004)
E não poder fugir, não poder fugir nunca, a este destino de dinamitar rochas dentro do peito...
2 comentários:
Este é o anjo do apocalipse
com a sua espada
fulva
funda
Embainhada na nossa
vagina
Ei-lo que rompe
o espaço
com a espada
com o esperma
Anjo da justiça
com o seu pénis
Caminham com estandartes
Com espadas e paixão
Numa erecção calada
São os anjos do ódio
com a sua raiva
alada
Vestem o corpo
com o brilho das armaduras
e do vidro
e só depois voam...
Os arcanjos do sonho
com as suas asas
nocturnas de veludo
São os arcanjos
do sonho
Usando comigo
a sua espada
de aço
Maria Teresa Horta
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