E não poder fugir, não poder fugir nunca, a este destino
de dinamitar rochas dentro do peito...
quinta-feira, janeiro 05, 2006
Feltro (ao ouvido)
diz-me o caminho diz onde diz como e com que palavras e sem que palavras e diz-mas baixinho cuidado não faças barulho não digas antes que chegue o nome e o sentido do que devagarinho queima entre um silêncio e outro.
Vem de longe a tua voz. De tão longe que duvido de mim mesma ao ouvi-la. Será que te ouço ou será a mim mesma que escuto? Serão minhas as palavras que murmuras, serei ainda eu? Ou serão apenas ecos do amor que fui, que foste um dia?
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