skip to main |
skip to sidebar
Jaeda De Walt
só com a linguagem dos corposconsigo responder à letraao teu silêncioFernando Diniz
Barteczko,MichalEntras como um punhalaté à minha vida.Rasgas de estrelas e de sala carne da ferida.Dá-me um beijo ou a morte...Fernando Echevarría
karol liver
Olá. (Tenho saudades.) Hoje lembrei-me de ti, não (tenho feito outra coisa ) imagino porquê. Que tal almoçarmos (agora ) um dia destes? Apetece-me (corromper-te com beijos) conversar contigo. Lanchar, se te der mais jeito e (desvirginar o teu silêncio com a minha língua )ouvir-te falar. Preciso de saber (que ainda me queres) o que tens andado a ler. Já nem sei o que te costumava dizer, mas (ainda soletro de cor as palavras com que me vestiste) que não seja por isso: o exercício (do amor) da amizade é como andar de bicicleta. Sei que tens muito trabalho (quero lá saber) e que mal te lembras de mim (atreve-te a esquecer-me). Mas, para um (amor) amigo, arranjamos sempre um bocadinho. Uma (vida) hora, é só o que te peço. Naquele hotel da baixa, o que tem (o quarto) a esplanada de frente para o rio, lembras-te? Em não podendo ser, (morro) deixa estar. Talvez para a próxima (reencarnação).Roubado aqui
Scott Murdoch
Este é o amor das palavras demoradasMoradas habitadasNelas moraEm memória e demoraO nosso breve encontro com a vidaSophia de Melo Breyner Andersen
Suspensa sem ti , está a minha vida. Suspensa de ti.Suspensa.
Fima Gelman
... se é para morrerque seja como o amor:tanto e sempreque não será derradeira a última vez...Mia Couto
Marta Bauza
Todas as vidas gasteipara morrer contigo.E agoraesfumou-se o tempoe perdi o teu passopara além da curva do rio.Rasguei as cartas.Em vão: o papel restou intacto.Só os meus dedos murcharam, decepados.Queimei as fotos.Em vão: as imagens restaram incólumese só os meus olhos se desfizeram, redondas cinzas.Com que roupavestirei minha almaagora que já não há domingos?Quero morrer, não consigo.Depois de te vivernão há poentenem o enfim de um fim.Todas as mortes gasteipara viver contigo.Mia Couto