quinta-feira, novembro 22, 2007
terça-feira, novembro 20, 2007
quarta-feira, novembro 14, 2007
karol liver
Olá. (Tenho saudades.) Hoje lembrei-me de ti, não (tenho feito outra coisa ) imagino porquê. Que tal almoçarmos (agora ) um dia destes? Apetece-me (corromper-te com beijos) conversar contigo. Lanchar, se te der mais jeito e (desvirginar o teu silêncio com a minha língua )ouvir-te falar. Preciso de saber (que ainda me queres) o que tens andado a ler. Já nem sei o que te costumava dizer, mas (ainda soletro de cor as palavras com que me vestiste) que não seja por isso: o exercício (do amor) da amizade é como andar de bicicleta. Sei que tens muito trabalho (quero lá saber) e que mal te lembras de mim (atreve-te a esquecer-me). Mas, para um (amor) amigo, arranjamos sempre um bocadinho. Uma (vida) hora, é só o que te peço. Naquele hotel da baixa, o que tem (o quarto) a esplanada de frente para o rio, lembras-te? Em não podendo ser, (morro) deixa estar. Talvez para a próxima (reencarnação).
Roubado aqui
sábado, novembro 10, 2007
breve encontro
terça-feira, novembro 06, 2007
Canção contra o destino
segunda-feira, novembro 05, 2007
Sem depois
Marta Bauza
Todas as vidas gastei
para morrer contigo.
E agora
esfumou-se o tempo
e perdi o teu passo
para além da curva do rio.
Rasguei as cartas.
Em vão: o papel restou intacto.
Só os meus dedos murcharam, decepados.
Queimei as fotos.
Em vão: as imagens restaram incólumes
e só os meus olhos
se desfizeram, redondas cinzas.
Com que roupa
vestirei minha alma
agora que já não há domingos?
Quero morrer, não consigo.
Depois de te viver
não há poente
nem o enfim de um fim.
Todas as mortes gastei
para viver contigo.
Mia Couto
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