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Evgeniy Shaman
Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,Não há nada mais simples.Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.Entre uma e outra todos os dias são meus...Fernando Pessoa
edyta pilichochovka
talvezsó o poema que nunca escreverei venha a ser verdadeiroDavid Gascoyne
scarletohara
Freqüentemente me esqueçoe quero o teu corpopara amá-lo, abrigar-me nele,por ele me deixar amaratravessada de prazer...o desejo atendido,a atender-te...Silvia Chueire
Michael Watkins
...amores antigos, frases que os descrevam...Os anos passam, o absolutocobre-se de fuligeme as cartas têm menos valorpela paixãoque pelo estudo da caligrafiaPedro Mexia
Gardabelle
passa-se o tempoe o meu amor não passahá certa ternurana mágoa desta (des)esperançasilvia chueire
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Domenique Heidy
Afasto de ti comraiva surdao corpoas mãoso pensamento...E digo este meu víciodos teus olhosde um verde tão lentomuito lentoSe penso que te deixojá te queroSe penso que recusojá te anseioSe penso que te odeiojá te esperoe torno a oferecer-teo que receioSe penso que me calojá te gritoSe penso que me escondojá me ofereçoSe penso que não sintoé porque mintoSe penso que me olhasjá estremeçoMaria Teresa Horta
monica antonelli
queria morrer contigo
não queria morrer de ti ...
Pedro Sena Lino
lilya corneli
quanto tempo ainda se passará neste jogo de espelhos...quanto tempoaté que não haja mais tempo?silvia chueire (poema completo aqui)
Jens Schade
Si dices una palabra más,
me moriré de tu voz,
que ya me está hincando el pecho,
que puede traspasarme el pecho
como una aguda, larga, exquisita espada.
Si dices una palabra más
con esa voz tuya, de acero, de filo y de muerte;
con esa voz que es como una cosa tangible
que yo podría acariciar, estrujar, morder;
si dices una palabra más
con esa voz que me pones de punta en el pecho,
yo caería atravesada, muerta
por una espada invisible,
dueña del camino más recto a mi corazón.
Dulce Maria Loynaz
Barbara Cole
murmuras uma canção aos meus ouvidos
e os meus pensamentos estremecem(...)
murmuras a canção
e sei:
é inescapável a viagem.
as águas turbulentas cristalinamente
tentadoras,
a me chamarem:
vem.
silvia chueire
Cristian Mereuta
Aguardo-te, embora nem sempre te espere. (..)Aguardo que te rebentes como um dique e que inundes tudo à tua passagem, ensopando terras e arrastando telhados, na torrente inevitável que será desaguares-te em mim. Serei então o declive, a descida a pique num ângulo impossível, o resvalo mais perigoso e a zona estupidamente baixa para onde encaminharás as tuas águas passadas. (...)Aguardo-te no ar que vou farejando como um perdigueiro, no ouvido de batedor experiente que tem dias colo ao chão e neste pau de vedor que seguro entre mãos e que teima em apontar para ti. Sabes que te aguardo (embora nem sempre te espere) e que um dia virás e cairás, por fim, exausto, nos meus braços de lama e que nos amaremos por entre os destroços da enxurrada, até que alguém nos resgate.Um amor atrevido
Carla Salgueiro
Fechar no punho os estilhaçosos fragmentos que conservo do teu nomee permitir que o corte se prolonguepela mäopelo braçopelas têmporasaté que a repetida sentença da carneatravesse a cartilagem e o ossoe se consuma no rito de um flageloapenas comparável à tua ausência.Laura C. Skerk