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Sweetcharade
faço de conta que é outra coisa
e finco os pés nos dias
como se tivesse forças
para colhê-los sozinha.
sempre um dia e outro,
não exatamente iguais,
nem exatamente opostos.
debruço-me sobre o papel,
a caneta carregada de palavras
que se articularão a despeito de mim
feito desconhecidas falando entre si
uma língua cifrada.
escrevo-as.
não há outro caminho.
silvia chueire
Hanne Piasecki
O espelho partiua moldura ficouAgora vemo-nosfuriosamenteAna Hatherly
Lilya Corneli
sei lá eu que fazer
com os dias sem ti
cerrando os olhos
a ver se deixas de
existir, miragem
oblíqua que nunca
mais ...
Sarah Adamopoulos
Monica Antonelli
Só existem duas razões para mexer numa ferida.Curá-la, ou abri-la ainda mais.Fernando M. Dinis , aqui
Photo tropism
há horas íngremes, como cordas verticais.quando julgo ter chegado ao topo,elas deslizam-me pelo sal do rosto. maria josé quintela
Duke
Paraíso é quando não sentimos o corpo. Quando nos esquecemos.Ou quando o sentimos com tal intensidade que estamosmergulhados na chama, que parece eterna.Casimiro de Brito
Magda Marczewska
De que vale tentar reconstruir com palavras
o que o verão levou
entre nuvens e risos
junto com o jornal velho pelos ares?
O sonho na boca, o incêndio na cama.
o apelo na noite
agora são apenas esta
contracção (este clarão)
de maxilar dentro do rosto.
Ferreira Gullar
Michal Macku
Partir
sim, mas partir realmente,
definitivamente,
cobra que deixa a pele já crestada dos sóis
e se empoleira nas árvores como um pássaro João José Cochofel
Bruce Levy
recordo-te a respirar alia casa no silêncioo silêncio em titu em mime depois não me lembro de mais nada.
Sarah Adamopoulos