E não poder fugir, não poder fugir nunca, a este destino
de dinamitar rochas dentro do peito...
segunda-feira, maio 26, 2008
Joanna Nowakowska
“Há palavras que nasceram para serem ditas.Mesmo que não queiramos, nos tapem a boca e nos desliguem os sentidos. Elas gatinham até à ponta da língua, agarram-se aos lábios, lutam desesperadamente com a porta trancada a sete chaves, mas acabam por ver a luz do dia. Não há nada a fazer.”
M.A.
quinta-feira, maio 22, 2008
Bogdan Jarocki
Dentro do meu sono ainda me perturba a tua imagem, miragem do meu deserto vencido, demora da minha espera...
E a achar normal e previsível que o telefone não toque, as notícias não cheguem e que a vida continue apesar de. Aprende-se a viver com isto, com o teu ectoplasma quase colado à minha pele, sem teres para onde fugir nem parede para a qual te virares, quando dispo as minhas flanelas e entro na noite de rompão, fingindo que não é para ti que fico nua no escuro.
Vem de longe a tua voz. De tão longe que duvido de mim mesma ao ouvi-la. Será que te ouço ou será a mim mesma que escuto? Serão minhas as palavras que murmuras, serei ainda eu? Ou serão apenas ecos do amor que fui, que foste um dia?