E não poder fugir, não poder fugir nunca, a este destino
de dinamitar rochas dentro do peito...
terça-feira, outubro 30, 2007
Michele Clement
...e foi por isso que nessas noites morri muitas vezes enquanto as secretas palavras de adeus alastravam pela foz do teu desejo e a minha pele se despia vagarosamente da tua
Alice Vieira
segunda-feira, outubro 22, 2007
Alejandra Chaverri
faz-se tarde e eu deixei de esperar-te.
todos os portos se fecham sobre mim e a floresta adensa-se.
nenhuma clareira se abre à passagem dos animais e do homem antigo.
Dime, aunque tengas que mentirme un poco, que no estamos perdidos, que aún hay grietas por las que puede entrar algún consuelo, que esto no es otro de esos callejones sin salida y sin luz donde espantarnos, donde perder la fe y ganar el llanto.
...diz-me qual a ponte que separa a tua vida da minha, em que hora negra, em que cidade chuvosa, em que mundo sem luz está essa ponte e eu a cruzarei...
Amalia Bautista
quinta-feira, outubro 11, 2007
Roberto Palladini
É todo meu o teu silêncio ecoa dentro de mim ensurdecedor.
terça-feira, outubro 09, 2007
Ron Ricardo
No fundo, tenho medo. Medo de te voltar a ver. Medo de que as minhas mãos voltem a ser mãos outra vez e disparem dos pulsos para te despentear o cabelo ...
Medo de dar com os teus olhos e de neles mergulhar de cabeça, de engolir pirulitos, nadar-te e por ti ficar, num boiar infinito. No fundo, tenho medo de que a mera possibilidade da tua presença me diminua a graça dos dias. Por isso me quedo.
Diz-me como esquecer. Diz-me qualquer coisa que me faça esquecer como era
morrer nos teus braços
terça-feira, outubro 02, 2007
Natalie Shau
Vem de longe a tua voz. De tão longe que duvido de mim mesma ao ouvi-la. Será que te ouço ou será a mim mesma que escuto? Serão minhas as palavras que murmuras, serei ainda eu? Ou serão apenas ecos do amor que fui, que foste um dia?
segunda-feira, outubro 01, 2007
Pablitkowy
... Já ansiámos corpos ausentes como um rio anseia pela foz já fizemos tanto e tão pouco que há-de ser de nós?
Que há-de ser do mais longo beijo que nos fez trocar de morada dissipar-se-á como tudo em nada?...
Vem de longe a tua voz. De tão longe que duvido de mim mesma ao ouvi-la. Será que te ouço ou será a mim mesma que escuto? Serão minhas as palavras que murmuras, serei ainda eu? Ou serão apenas ecos do amor que fui, que foste um dia?