faço de conta que é outra coisa e finco os pés nos dias como se tivesse forças para colhê-los sozinha.
sempre um dia e outro, não exatamente iguais, nem exatamente opostos.
debruço-me sobre o papel, a caneta carregada de palavras que se articularão a despeito de mim feito desconhecidas falando entre si uma língua cifrada. escrevo-as. não há outro caminho.
silvia chueire
quarta-feira, maio 30, 2007
Hanne Piasecki
O espelho partiu a moldura ficou Agora vemo-nos furiosamente Ana Hatherly
Paraíso é quando não sentimos o corpo. Quando nos esquecemos. Ou quando o sentimos com tal intensidade que estamos mergulhados na chama, que parece eterna.
Vem de longe a tua voz. De tão longe que duvido de mim mesma ao ouvi-la. Será que te ouço ou será a mim mesma que escuto? Serão minhas as palavras que murmuras, serei ainda eu? Ou serão apenas ecos do amor que fui, que foste um dia?