Decifra-me. Se me queres, tenta-me. Há portas que estão apenas aparentemente fechadas. Abre-as. Uma delas dá acesso a uma sala e dentro dela há um piano. Entra. E toca-me. Se teus dedos produzirem música, terás me aprendido.
Nalú Nogueira
terça-feira, setembro 26, 2006
Christian Harkness O meu passaporte são as tuas mãos; o mapa que nos guia, a respiração incerta do desejo. «Por isso me perco», dizes. «Por isso te encontro», respondo. E a noite que nos separa é o dia que nos reúne.
Primeira estrela que eu vejo, dai-me tudo o que eu desejo. Se o cachorro latir, ele me ama. Se a bicicleta passar, ele me odeia. Se a porta bater, ele está pensando em mim.
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca. Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio...
Sonhei o teu corpo ao acordar, Acho que dormi contigo nas mãos. Encandescente
sexta-feira, setembro 15, 2006
Man Ray
Sofro pelas mulheres de bronze que não sentiram a torturante ausência do amor porque vazia foi a vida e não viveram. Sofro por todas elas. Aquelas que não choraram, aquelas que não sofreram, aquelas que não gozaram, aquelas que não, e não, e não.